Babel prepara a saída da Aurica Capital e procura um novo sócio maioritário de dimensão internacional

A consultora tecnológica Babel está a preparar a saída do seu acionista Aurica Capital, que detém cerca de 30% da empresa, e procura um sócio com suficiente “capacidade financeira” para poder empreender operações de fusão e aquisição de maior magnitude do que as realizadas até ao momento, com a intenção de que este entre no capital da empresa com uma participação maioritária.

A Aurica Capital entrou na consultora espanhola em 2021 com uma participação minoritária e, segundo explicou em conversa com a Europa Press o CEO da Babel, Tony Olivo, espera-se que a gestora de capital privado saia da empresa nos próximos meses — “no início ou no final deste verão“, altura em que se espera que entre o novo sócio.

O processo de procura por um novo sócio foi iniciado em outubro passado e para isso a Babel contratou os serviços da firma de investimento Rothschild & Co, precisamente a mesma firma em que a Aurica Capital confiou para preparar a sua saída da consultora tecnológica.

Neste contexto, a Babel anunciou o seu novo plano estratégico, denominado ‘HyperSpace 2029’, com o qual prevê elevar a sua faturação até aos 1.000 milhões de euros em 2029, face aos 180 milhões de euros de 2023 ou os 220 milhões de euros que prevê faturar este ano.

Precisamente, um dos pilares da nova estratégia de Babel passa por realizar operações de fusão e aquisição “de maior envergadura” que as realizadas até ao momento.

O objetivo é encontrar um investidor que seja capaz de nos acompanhar nos próximos cinco anos e que seja capaz de aportar o músculo financeiro necessário para empreender essas operações de maior envergadura“, enfatizou Olivo.

No entanto, o executivo não revelou os nomes dos fundos com os quais a Babel está em conversações, embora tenha referido que consistem principalmente em grandes firmas norte-americanas e europeias, e que nenhuma delas é de origem espanhola.

Nessa linha, a Babel quer adquirir “uma ou duas” empresas por ano a partir de 2025, e que as mesmas tenham uma faturação que oscile entre 30 e 100 milhões de euros.

Pode ser que no final deste ano fechemos uma grande operação na América Latina, se não for este ano, será no início do próximo. Para o próximo ano, acredito que fecharemos outra operação na América Latina. Já estamos em conversações avançadas“, revelou Olivo, que não deu mais detalhes sobre as potenciais operações.

Relativamente ao impacto das vendas nas diferentes regiões onde a Babel opera, o executivo recordou que o plano estratégico atual (‘Marte 2025’) apontava para que Espanha contribua para 70% da faturação total, enquanto os restantes países representariam 30% da faturação, “objetivos que estão a ser atingidos”.

No entanto, a visão do novo plano estratégico de Babel é que em 2029 Espanha continue a crescer de forma consistente, mas que o seu peso sobre o volume de negócios total passe a 50% graças a um crescimento internacional “muito superior”. “O objetivo é que em 2029, 50% do negócio esteja em Espanha e 50% fora das nossas fronteiras“, sublinhou.

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